quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

São os olhos

Não sei se ele algum dia já reparou

No que eu mais gosto nele

Sinto se não

O fato é que toda a vez que lembro-me desse detalhe, estampo um sorrisão na cara, abaixo a cabeça e começo a comentar comigo mesma sobre essas coisas

E não importa aonde eu esteja, acontece invariavelmente

Por exemplo, hoje eu estava voltando para casa, a pé, e lá vieram as lembranças, e lá se foi a lembrante a seguir seu procedimento padrão: sorriso, cabeça abaixada, conversas consigo mesma

Espero que as pessoas da rua não pensem que eu sou boba, porque não sou... Apesar de que pode soar meio bobo uma pessoa andando pela rua, sorrindo e gesticulando sozinha. Não me julgue, leitor

São os olhos

Os olhos dele são a coisa (ou as coisas, já que são dois) mais linda desse mundo

E quando ele sorri, ele os fecha até a metade, e assim eu já não tenho como fugir

Porque são olhos castanhos que, mesmo escuros, são claros; são brilhantes, claros e frescos, são como um banho num dia quente de verão

Ah, seus olhos... Os mais sinceros, mais simples, mais lindos, que mais sorriem, que mais alegram...

Ah, se as coisas fossem diferentes... Assim, eu roubaria aquele olhar para mim

Eu olharia naqueles olhos sem sequer piscar, até que eu entrasse dentro deles

E de lá não sairia mais

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sem pensar

Eu liguei o som, escolhi uma rádio que eu não conhecia
Tocaram algumas músicas legais, mas agora as músicas não estão fazendo nenhum sentido
De qualquer forma, aumentei o volume
Aumentei o volume ao máximo
Eu não quero pensar

Separei hoje diversas atividades para fazer
Voltei até a escrever
Vou fazer tudo que eu puder
Talvez colocar a Suri numa coleira e correr até minhas pernas doerem demais, e a língua dela saltar para fora da boca
Até um prato novo eu fiz
Gastei bastante tempo cozinhando comidas diferentes, para duas pessoas
Eu não quero pensar

Quando começou a chover eu guardei o meu canário e o meu curió
Corri e fechei as janelas
Aumentei mais ainda o volume, tocava agora um underground muito barulhento
Eu não ligo
Eu molhei o cabelo que já havia lavado
Pisei numa poça
Trouxe a comida aqui para fora
E eu gostei

Mas eu sinceramente não quero pensar
Estando certa ou estando errada
Eu estou no meu caminho
E tenho pena de quem quiser andar de mãos dadas comigo

fogo

  sinto que você me leva para outro mundo uma outra dimensão não consigo segurar firme meus pés no chão tento não alimentar