senta e pensa e diz
finge que não vê o que está debaixo
do nariz
menino que já viu, que já é
mas não perde o doce que ainda tem
me abraça pra atravessar
esse mar de lama
o doce ainda dá, o som comprime
o baixo grave o alto exprime
meu olhar segue o seu swing
mesmo quando você finge
Estive pensando sobre
As nada tênues linhas entre
Os que crêem no certo
Os que aceitam que estão errados
E os que dizem que não existe erro
A esses últimos parece que lhes escapam diversos sentimentos em momentos em que buscam por sua razão diante da humanidade
As esperanças oscilam
Os fundamentos
Talvez até propósitos
E talvez seja bom construir
Considerando ou confabulando que, no fundo, talvez não haja
Pode ser bom ter algo em que se segurar
Tomando o cuidado para não segurar com apego
